domingo, outubro 01, 2006

an incognito love affair

Este fim de semana deu para tirar "barriga da miséria", pelo menos para mim. Na sexta-feira, depois de uma semana e um dia de trabalho duro e difícil, valeu descer a calçada. Fomos três elementos deste blog jantar. Um restaurante que também já começa a ser um "um sítio do costume". É engraçado ... existem espaços, pessoas que nos cativam mesmo. Bem, começou com duas caipirinhas, essas malandras e culpadas de parte do sucesso dessa noite. Depois suavizamos por aí no bairro alto, num outro "sítio do costume", bom ambiente como sempre, com direito a laps e tudo. Bebemos mais umas malandras e descemos a calçada completamente de passo trocado. Encontramos um amigo a meio do caminho, enquanto me babava em frente a uma loja de vestidos de noivas (não que exista algum desejo escondido, nada disso, foi mesmo por causa das malandras e confesso que foi a primeira vez que reparei naquela montra). Pois bem a descida correu bem, com direito a alguns provérbio populares um "pouquinho" alterados.

É que durante uma malandra e outra que brindamos no suave, lembrei-me de uma coisa engraçada e que com certeza ia pôr a minhas amigas ainda mais bem dispostas. Os provérbios populares têm regra geral duas idéias, e regra geral têm uma conseqüência provocada por qualquer coisa. Pois bem, o jogo consistia em aplicar a expressão "na cama" no final da primeira idéia de um qualquer provérbio, e depois "entre as pernas" no final da segunda. E prometi que fazia sempre sentido. Imaginem as gargalhadas nossas e das malandras. e disseram-se coisas engraçadas:

"quem vai à guerra na cama, dá e leva entre as pernas" ou então
"vale mais tarde na cama, que nunca entre as pernas"
"em casa de ferreiro na cama, espeto de pau entre as pernas" etc. etc.

Pois bem, ainda a descer a calçada fomos apregoando este provérbios e ditados populares, rindo, brincando e trocando o passo. Nós e o nosso amigo que já não estava a acreditar na nossa loucura ... enfim ... há noites assim.
Esperava-nos no fim da calçada o DJ que aqueceu muitas noites fantásticas que já descrevemos por aqui. E já tínhamos saudades. Tantas que não arredei pé da pista a noite inteira. Dancei, dancei,dancei, dancei. Tinha pensado que não ia aguentar muito (depois do dia que tive, duro e difícil), mas lá estava eu de mão no ar, pé no chão e copo na (outra) mão. É assim que se quer. BJORK, foi lindo, foi o mote para deixar o bar de cima e não mais largar a parte de baixo.

E a noite acabou em beleza, com os pezinhos já latejar, mas com a alma limpa de coisas chatas e aborrecidas ...
Subimos a calçada, fomos para casa dormir.

até amanhã

Acordei cedo no sábado, mesmo depois de ter pulado a noite toda. Há uma coisa que me custa horrores; passar o sábado na cama. Só me custa sair à sexta quando acordo no sábado com menos energia do que aquela que necessito para fazer algumas coisas importantes. Ir ao supermercado, ler um jornal (não passar os olhos por ele como faço durante a semana, mas dedicar-lhe o tempo que merece). Ir ao cabeleireiro, arranjar as unhas, ir às compras, ver coisas para a minha casa nova, ir ao cinema, tomar café com um amigo. Comprar flores frescas para por numa jarra, ler um pedaço de um livro (do qual já li o início daquele capítulo três vezes durante a semana, antes de ir dormir), tirar fotos, organizar o meu ipod, organizar os meus cd's por ordem alfabética e por géneros. Ouvir os discos que comprei (na fnac), passar a ferro, dormir a sesta ... etc. etc. etc. Custa-me horrores acordar tarde no sábado e não conseguir faze sequer um terço destas coisas. Enfim ... Contrariei, portanto, a vontade de me virar para ao lado ao toque do despertador. 12:00. Ui ... cama ... lençóis ... BANHO!!! :(
Tentei realizar algumas tarefas de sábados (muito poucas) e dei por mim quase a correr.

Fui jantar com umas amigas da faculdade. Já lá vão uns anitos. Já não falávamos há algum tempo. Encontrei-me com o bando ao início da noite, ali no Largo Camões. Desta vez completo. Fomo suavizar um pouco e faltava lá qualquer coisa, mas a música estava óptima. Juntaram-se a nós algumas caras conhecidas do incógnito, que já nos conhecem e sabem quem somos. São pessoas com as quais partilhamos este gosto pelo fim da calçada, e não só. São pessoas que também encontramos em Paredes de Coura a vibrar com a boa música que por lá passou e que nos aquece a alma e o coração nos fins de semana.
Descemos a calçada pela segunda vez neste fim-de-semana. Eu, visivelmente com menos energia do que na noite anterior, de tal forma de dei por mim de joelhos, no meio da rua. Depois reparei que tinha mesmo pisado uma "mina", daquelas que os cãezinhos por vezes largam no meio da rua. E não foi só isso. O ditado popular em que não há 2 sem três deu que falar. É que nessa mesma noite fui presenteada por uma obra prima vinda dos céus e daqueles animais aos quais chamamos vulgarmente de "pombos". Ainda voltei a olhar para a loja de noivas e lembrei-me, novamente, dos ditados e provérbios populares, e eis que surgiu um dos melhores:

NÃO HÁ 2 NA CAMA SEM 3 ENTRE AS PERNAS

e com este fomos a rir a restante viagem com destino marcado, lá , no "sítio do costume".
Estava uma noite muito divertida com o DJ, também ele bastante divertido. Eu com pouca energia não arredei pé até ao fim da noite, mas mais calma e sempre na parte de cima com mais uma das amigas incógnitas. As outras duas, iguais a si próprias aos pulos e a vibrar com os rasgados momentos de loucura musical provocados pelo Rai. Foi uma típica noite de incógnito, boa companhia, boa música. Um stress(ezito) no final da noite ... uma subida atribulada ... não há nada como uma noite de sono para acalmar as idéias. Tive uma proposta indecente àquela hora e não consegui resistir. Cheguei a casa à 9:00 já com o sol a raiar ... foi an incógnito love affair ...

beijocas quentes e boas (como as castanhas)

Eu já sou incógnita

2 comentários:

Rita Pereira disse...

Já tinha saudades das tuas descrições das nossas noites.

Foi uma noite espectacular, apesar do stress(zito). Já há muito tempo que não dançava tanto e a cerveja parecia escorregar que nem água. Foi uma noite muito divertida!

Beijo

PS: Tens que me contar essa da proposta indecente. Eu bem que te vi a falar ao telemovel...

Ela permanece incógnita disse...

Fantástica descrição! Até me dói a barriga de rir...

Foi realmente um fim-de-semana em grande, como há muito não se via!
Permitam-me deixar a minha versão dos factos:

Na 6ª, depois de um jantar animado e de uma visita obrigatória ao nosso 2º local preferido, descemos a calçada com um amigo, sempre a rir. Já no sítio do costume, Björk foi o início de uma noite em grande que marcava o regresso tão aguardado do JJ Nandinho. Foi lindo!
Companheiras incógnitas: vocês estavam demais!
Ao início da noite posso jurar que ouvi qualquer coisa do tipo: “Hoje não posso fico até tarde, vou ter que acordar cedinho amanhã”. Pois sim, está bem… foi o que se viu!!
Eu, estava mais calminha… uma semana infernal e poucas horas de sono fazem estas coisas…

No sábado, para mim, foi ainda melhor. Depois de um sono reparador, lá consegui reunir energias para mais um dia e uma noite que prometia! E finalmente íamos conseguir reunir o bando!

A habitual visita ao cantinho do BA (que nesse dia, infelizmente, não tinha aquele je ne sais quoi…) foi inspirador. Ao som da fabulosa selecção musical do Dj que já conhecíamos de uma noite anterior, cantámos, dançámos, fizemos a festa! É sempre bom divertir-nos com um bom Dj e ver que o próprio se diverte connosco. Confesso que adoro observar o efeito que a música causa nas pessoas. É revelador! Talvez por isso me esfalfe todos os dias em prol desta arte…

Descida a calçada e depois dos cumprimentos do Sr. Dartagnan “Bom dia, bom dia”-diz ele, atacámos a pista. Duas incógnitas, que na noite anterior queimaram as energias na pista, preferiram a varanda para observar as redondezas. A outra metade do bando, fica a dançar sem parar ao som do mestre Rai, que insiste em nos obrigar a permanecer na pista até ao raiar da maldita luz amarela!

Com um final de noite atribulado para uma das incógnitas - stress(zito) que mais valia nem ter sido referido (“coisas" daquelas nem merecem fazer parte deste digníssimo blog! Desculpem a minha indignação!) e um final de noite bem mais agradável para outra incógnita!