terça-feira, setembro 19, 2006

O que hei-de escrever na minha crónica hoje???

Visto que já me chatearam a cabeça, porque estão a sentir a falta da minha escrita (deve ser muito boa, para haver tanta insistência), decidi roubar uns minutinhos ao patronato e dedicar esse tempo a este maravilhoso blog.

Ontem, fiquei por casa à noite, uma coisa rara, ultimamente, e decidi embrulhar-me com o televisor. Já tinhamos saudades um do outro e não nos conseguimos largar durante umas 4 horas, non-stop. Já lhe tinha piscado o olho no domingo à tarde, mas não pude continuar pela noite dentro, pois as Incognitas decidiram ir ao cinema, ver um filme light para não causar congestão. Continuando, reatei a minha relação com o televisor ontem e adorei ter retomado, pois andava a perder coisas fabulosas neste tempo que me afastei. Vi "Will & Grace", "The Simpsons", "Amytville - Mansão do diabo" (este aos bocadinhos, pois sou um bocado assustadiça), "Os crimes do Rio Rei", e por último "Sex and the City".

"O Sexo e a Cidade" é a série de eleição de qualquer gaja que se preze. A mulher que não gosta desta série não é verdadeiramente uma mulher ou está choné da cabeça, pois até as lésbicas gostam de ver as aventuras da Carrie, Miranda, Samantha e Charlotte. E então pus-me a pensar, porque é que as mulheres se identificam tanto com estas 4 personagens?

Falo por mim:

- não moro em Manhattan,
- não sou trintona,
- não estou inserida num mundo de modelos e gente famosa,
- (ainda) não me sinto realizada profissionalmente,
- não tenho os homens aos meus pés,
- não uso roupa de marcas de alta costura caríssimas nem gasto um dinheirão em sapatos de salto alto, que só vão magoar os meus pés, para além de que não consigo equilibrar-me,
- a minha bebida preferida não é Cosmopolitan.

Mas aí percebi, que o que está por detrás disso tudo é a amizade entre 4 mulheres, todas elas diferentes e com as suas peculariedades, que estão juntas nos bons e nos maus momentos e que tentam, e conseguem, vingar num mundo feito para os homens. Acima de tudo está a amizade e esta série mostra que as mulheres conseguem ser amigas umas das outras, sem intriguices e falsidade, como às vezes se encontra por aí. E depois, é o facto de que os homens são todos iguais, pensam todos da mesma maneira, por mais que nos custe admitir. E, digam-me vocês moçoilas, não andamos todas à procura de "um homem de verdade", como as meninas do Sexo e a Cidade?

Pois é, cadê eles???

9 comentários:

Unknown disse...

Eu próprio não consegui encontrar esse tal homem de verdade. Daí ter-me virado para as mulheres.

Beijos, Serei(a).

Rita Pereira disse...

Ele anda aí, mas está tão bem escondido que é dificil vê-lo a olho nu! É preciso um microscópio.

Beijos l.gato :)

Unknown disse...

Então sempre é verdade que o tamanho não interessa!

Rita Pereira disse...

Normalidade acima de tudo

Unknown disse...

Serei(a), por uma vez, vou discordar de ti. Para mim, tudo o que realmente interessa está bem acima da normalidade.

Rita Pereira disse...

Preferes anormalidades??? Nem tanto ao mar nem tanto à terra.

É verdade que o desconhecido nos suscita curiosidade, mas também pode provocar decepção. Para não haver surpresas desagradáveis prefiro algo normal, contudo não digo "dessa água nunca beberei"

Ela permanece incógnita disse...

A normalidade pode ser um pouco monótona, é um facto.

Ele anda por aí, mas deve andar distraído com algumas "manobras de diversão"...

Jack Hawksmoor disse...

O que é "um homem de verdade"? & o que o faz diferir de "um homem a brincar"?
Na mesma linha de pensamento, existe "uma mulher de verdade"?
Quando há receio há para todos, quando há dúvidas há para todos, quando temos medo, todos quebramos, sejamos homens ou mulheres...
Quantas vezes já não me mentiram & quantas vezes já não me criaram sonhos e ilusões?
Em boa verdade, tudo isso fez com que também eu mentisse, e fizesse sonhar...
E se não mentia a outras pessoas, então mentia-me a mim.
Como o grande Stephen Patrick Morrissey disse na belíssima música "I know it's over" :

"It's so easy to love, it's so easy to hate. It takes guts to be gentle and kind..."

Ao que contraponho a seguinte frase da autoria de um dos meus ídolos, Brian Molko :

"Like the naked leads the blind, i know i'm selfish, i'm unkind. Sucker love i always finf someone to bruise and leave behind."

Até breve, caríssimas.

Anónimo disse...

Pensar na eternidade afecta a realidade. As pessoas verdadeiras vivem exactamente aquilo que sentem, agora. Talvez por isso sejam tão difíceis de encontrar.

Beijos,
Fernando M.